FEEDBACK
FEEDBACK
Não gosto, não sou nada adepto de usarmos termos, palavras em inglês para expressarmos algo, qualquer coisa que seja, na nossa língua, que é tão rica, tão poderosa, em termos de significados e de gramática, mas a essa palavra eu me rendo e a utilizo constantemente, principalmente nos últimos meses, mais precisamente há um ano e quase um mês (18/02/23), a partir do momento que comecei a escrever no Blog e a enviar pelas redes sociais (Whattsapp e Facebook) os textos aqui escritos para que meus amigos e conhecidos lessem e pedindo sempre, talvez até de forma, às vezes insistente, para que me dessem o retorno - palavra meio sem graça, sem glamour, parece sem significado a não ser de voltar - o tal do FEEDBACK - mais elegante, mais chique, mais tudo, e, pelo menos pra mim, mais significativo do que representa e quer dizer, mesmo para quem não sabe patavinas de inglês, acredito que sabe, o que é feedback, já se deparou com essa palavra em algum determinado momento da sua vida de encelularado (não existe, inventei agora, quero dizer aquela pessoas que vive em volta em função, não se desgruda do celular por nada nesse mundo, nem pra dormir, esse é o encelularado). Pois bem, o encelularado, com certeza já ouviu, já leu, já sabe o que é um feedback e sabe que nada mais do que dar o retorno, dar a opinião, dar sugestões do que viu, de algum vídeo, de alguma frase, de algum texto, ou seja, qualquer coisa que seja, a partir do momento que se faz um comentário escrito, se está dando um feedback, mesmo quando se curte com a gif do polegar positivo ou negativo, estamos dando nossa opinião e o tal feedback sobre o assunto. Então, vivemos em função, diuturnamente, de dar opinião sobre centenas de coisas que se vê, da mais interessante até o mais esdrúxulo que se possa ver - e temos mais coisas esdrúxulas de baixíssimo gosto do que coisas boas, proveitosas, e quando tem algo proveitoso, as informações são incompletas pois quem postou quer ganhar com ela, e assim não passam toda a informação, a menos que se perca um tempo terrível em função do vídeo, para chegar ao final e vir a frustração de que a informação só será dada se adquirirmos isso ou aquilo. Assim é a internet. assim estamos nós, todos, de modo geral, não sei estatisticamente (adoro dados estatísticos, por isso fui professor de Estatística) mas acredito que são raras as pessoas, que não tem um celular, por mais simples que seja, para ficar bulinando e passando seu tempo futricando na vida das pessoas, ou jogando - jogo o Candy Crush Saga há 8 anos, estou no nível 5220 - mas não deixo me atrapalhar, me impedir de fazer outras necessidades e prioridades.
Mas o texto sobre Feedback surgiu ontem ao ficar pensando de como eu espero e gosto do feedback sobre tudo que faço. Uma amiga já me disse que esse feedback é por insegurança, e eu contestei dizendo que não, eu peço feedback porque gosto e faço questão de estar sempre fazendo o melhor, e para fazer o melhor sempre (Kaizen - um dos processos da Qualidade Total) eu preciso saber o que pensam, o que acharam do que fiz ou escrevi. Gosto e prefiro que sejam sinceros, não gosto de bajulações, nem falsos feedbacks, prefiro que se abstenham do que me dizer algo que não corresponda à realidade. Assim como sou sincero com as pessoas, digo o que penso, assim quero e preciso que sejam comigo também. Muitas pessoas não gostam de ouvir coisas negativas, eu não, se existem, que sejam ditas, que vou analisar, avaliar, e caso eu encontre validade no que me foi dito e ponderado eu mudo ou aplico, algo eu faço.
Tenho tido um feedback positivo do meu livro, principalmente do texto SAUDADE, por ser o primeiro e as pessoas não ficam muito tempo lendo, e o bom do livro é que são textos que podem e até devem ser lidos conforme a vontade da pessoa. Vai lá no sumário e escolhe a palavra, o texto, que naquele momento está precisando ler e assim a leitura vai ser diferente, vai ter um motivacional e um resultado diferenciado do que simplesmente ler por ler. Ler não é apenas passar os olhos pelas palavras; ler é imaginar, é viajar nas palavras, deixando-a entrar na corrente sanguínea e flutuar no pensamento criando sinapses e assim, assimilando, degustando, cada palavra e a fazendo ser parte integrante do nosso corpo, da nossa vida, do nosso ser. Eu faço isso desde sempre.
Sempre fui adepto do feedback. A cada final de aula perguntava para os alunos as opiniões sobre a aula, e a cada sugestão e ou crítica, às vezes acontecia, eu procurava mudar e acrescentar a sugestão ou eliminar o causador da crítica. Quando faço as lasanhas - inclusive ontem fiz algumas por encomenda - sempre quero saber o que acharam, porque cada um tem um gosto, preferem assim ou assado, para eu quando fizer novamente para essa pessoa poder fazer como ela gosta - tenho uma ótima memória, vou lembrar do que ela disse - porque quero sempre excelência em tudo o que faço.
Estou aguardando mais feedback da leitura do meu livro, já enviei vários para diversas cidades do interior, por onde dei aula, bem como para quem vendi. Espero que lembrem de me dizerem alguma coisa, porque através do que me disserem saberei se haverá possibilidade de publicar mais um livro na sequência desse, visto que neste coloquei apenas 51 textos, enquanto que tenho, com esse, 271 textos já escritos aqui no blog.
O feedback é importante em tudo, até mesmo na relação entre casais. A tal DR, nada mais é um do que um feedback de como está a vida, a relação, e ela é ótima para que se possa crescer, manter, melhorar, aprimorar, aparar arestas, fazer diferente. Tanta coisa que se pode aplicar a partir do momento que se tem um feedback, pois são as pessoas falando pra ti daquilo que tu estás fazendo. Cabe a cada um aceitar ou não, Aplicar ou não. Vai depender do grau de arrogância, do potencial ego da pessoa, além de outros fatores. Mas, tem um detalhe, não se deve mudar algo que tu acreditas porque algumas pessoas dizem não gostar, não estarem de acordo. Tem que avaliar a relevância e quem é que está te dizendo isso. Qual o interesse e grau de afinidade que essa pessoa tem contigo. Eu, normalmente, faço tudo de acordo e conforme manda o meu coração e meus pensamentos. Sempre aberto a mudanças. mas não vou mudar porque disseram algo que é isolado. Vou continuar pois sei, acredito no que faço, tenho convicção de que o que estou fazendo está sendo bem feito e aceito pelas pessoas.
O feedback assusta, e dá revolta, dá indignação (quem essa pessoa está pensando que é para me dizer...?), dá raiva por estar ouvindo algo contra ao que tu pensas, ao que fez, ao que acreditavas ser o melhor. Mas não é assim que devemos agir. Se indignou, dá um berro no banheiro, solta essas amarras e volta a ventilar o cérebro e perceber que deves se rever. Se disseram algo, é porque realmente deve ser analisado. Respira, suspira, alivia a tensão e aceita a crítica se for negativa. A crítica negativa te irrita a boa te infla o ego e faz ficar parecendo um pato de peito inflado e caminhando todo todo. Mas seja justo contigo mesmo e se queres realmente ser o melhor e melhorar sempre, aceite e mude. Mesmice não faz as pessoas crescerem, apenas ficam estagnadas e na sua zona de conforto. Os melhores querem sempre mais.
Assim todos devem agir, aceitar o feedback, solicitar o feedback e avaliar. Mudar se houver necessidade. E tu, caro amigo e cara amiga, gostas de feedback? Ou tem medo dele?
JOSÉ FERNANDO MENDES
Enviado por JOSÉ FERNANDO MENDES em 16/03/2024