VULNERÁVEL
Li , uns 5 minutos atrás, essa palavra, VULNERÁVEL, numa postagem do Facebook e decidi escrever sobre ela. Nem pesquisei nos meus outros 268 títulos, pois sei que não escrevi sobre ela, pois não lembro, nem mesmo mínimos flashes de algo que tenha escrito sobre ela, a não ser, me ocorreu agora, cenas de uma série que assisti ontem AVATAR-O ÚLTIMO DOBRADOR DO AR, e durante todos os 8 episódios, era sempre focado em encontrar, não de forma explícita, mas sutil e bem dissimulada, o ponto fraco do inimigo para conseguir atingi-lo e assim conseguir conquistar o seu objetivo. Durante o filme não pensei nessa palavra, vulnerável, mas pensei o tempo todo em como esses filmes, de modo geral, estão sempre mostrando lutas, guerras, embates, discussões, situações onde são mostradas as vulnerabilidades, as fraquezas das duas partes, tanto do inimigo - que hoje em dia já não se sabe mais quem é o inimigo de verdade, se é que há - quanto do mocinho - também não se tem mais certeza se o tal mocinho é merecedor de todo nosso aplauso e torcida ou se merece umas boas lições -.
Na verdade, todos nós, seres humanos, temos nossas fraquezas, nossas vulnerabilidades. São os pontos que não conseguimos desenvolver nossas habilidades e competências com tanta destreza quanto outros pontos que chegamos ao máximo da perfeição, ou pelo menos buscamos incessantemente por ela, exatamente para não nos mostrarmos vulneráveis, fragilizados, inseguros, desprotegidos. Nossas vulnerabilidades nos leva a corrermos certos riscos que podem nos levar à bancarrota, nos levar a uma derrota irreversível, a um mundo onde os perdedores não tem vez, não tem perdão. Para nos protegermos, camuflarmos dessa vulnerabilidade, apelamos para todo tipo de artifícios, artimanhas e toda e qualquer tipo de arte, desde que nos esconda, ou dificulte a descoberta do nosso ponto vulnerável.
A pessoa pode ser vulnerável desde que nasceu por vários motivos, que nem vou citar, pois só em estar lendo, já se imagina o que pode ser. Ou, pode adquirir a vulnerabilidade com o passar dos anos, com o passar da vida, dependendo da vida que leva, ou das propensões a que a vida, o destino já tem definido para a pessoa. A pessoa pode tornar-se vulnerável fisicamente, quando uma parte do corpo não funciona da maneira como deve funcionar, adquirindo assim, uma doença que a faz tornar-se vulnerável, suscetível a todo e qualquer tipo de ataques das bactérias, fungos, vírus e essa bicharada toda que temos dentro de nós ( e tem gente que se acha melhor do que os outros só porque isso porque aquilo, mas vai apodrecer e os bichinhos vão comer todinho, não importando nada); vulnerável psicologicamente porque a partir do momento que algo não está funcionando nas nossas vidas, já começa uma batalha avassaladora do nosso anjo do mal dizendo, martelando, gritando maluquices para tirar da paz e te mostrar o lado obscuro de uma vida, que tinha tudo para dar certo e transcorrer normalmente, na plena e total felicidade, mas, bastou, um vacilo e o inimigo tomou conta e começou a agir no inconsciente, subconsciente, no ego, e em tudo que possa chegar e revirar de pernas para o ar, transformando tua vida segura, firme, imexível, intransponível, num total caos espiritual, mental e sentimental; a vulnerabilidade material acontece quando teu patrimônio, todos os teus bens adquiridos ao longo de uma vida de labor, labuta, faina, com muita força, muito esforço e muita dedicação começa a ruir, muitas vezes por algo inexplicável, simplesmente começa a se esvair, assim como a areia na praia em nossas mãos. E aquele patrimônio edificado nos longos anos, em questão de pouco, bem pouco tempo desaparece, como num passe de mágica.
Existem outros tipos de vulnerabilidade, mas esses três são interligados e acontecem concomitantemente quase sempre, porque quando a pessoa se torna vulnerável ela abre o flanco para que possa ser atingida pelo pior inimigo que é ela mesma. Muitas pessoas se flagelam, mesmo sem perceberem. Constroem arranha-céus, mas sob areia do deserto, que o vento muda dia a dia, fazendo então com que tudo, um certo dia, venha a desmoronar. São as fraquezas pelas quais as pessoas se submetem sem perceberem que mais adiante vão ser suscetíveis de consequências comprometedoras e desagradáveis.
Assim é a vida. Um ponto vulnerável é o suficiente para destruir uma pessoa.
Então, o negócio é não sermos vulneráveis, nos mostrarmos invulneráveis. Até podem enganar por um tempo, mas o engodo vem de si mesmo com o tempo. Assim com os pontos fortes podem ser cada vez mais fortalecidos e devem ser, para que não desmoreçam, e se transformem em fracos, os pontos fracos a mesmo coisa, precisam ser constantemente tratados, analisados e avaliados para que não nos pegue de surpresa e nos arrase aos primeiros raios de rebeldia que eles apresentem. E uma rebeldia muito comum é a soberba - se acham que são os maiorais, os detentores de tudo e de todos, que tudo podem e vão subjugando as pessoas, inferiorizando e se achando seres superiores, somente porque tem um patrimônio maior, mas que pode ser e vai ser desmoronado por uma falha, por uma fagulha do seu próprio ego, do seu próprio orgulho, da sua própria soberba exacerbada.
Não existe nada indestrutível, não existe nada que não possa ser desmascarado, possa ser descoberto. Todos os castelos, todas as empresas, todas as carreiras construídas com subjugação, com sofrimento e falcatruas, serão destruídos, serão arrasados. Muitas vezes não entendemos porque as coisas acontecem assim ou assado, mas logo adiante ficamos sabendo. Um dia a cobrança vem. Isso é a vulnerabilidade que todos nós seres humanos temos. Estamos submetidos a essa vulnerabilidade até que nos deixemos tomar pelo poder de um Ser maior que nos conduz para uma vida que tudo é possível, em Seu nome. Então, tudo começa a acontecer e essa vulnerabilidade acaba, dando lugar à certeza de que dependemos dEle e mais nada nem ninguém.
Tu te sentes vulnerável? Pense, analise, avalie e decida!
JOSÉ FERNANDO MENDES
Enviado por JOSÉ FERNANDO MENDES em 07/03/2024