CONVICÇÕES
CONVICÇÕES
Uma amiga agora há pouco me disse pelo whatts uma frase que achei interessante e decidi escrever sobre a palavra chave dessa frase: Cada um sabe de suas CONVICÇÕES'. Me chamou atenção essa palavra convicção e comecei, como sempre faço a pensar sobre ela, então liguei o computador e eis-me aqui escrevendo sobre ela. Não sei o que vou escrever, claro, sobre o que penso sobre convicção.
Gostei e me chamou atenção escrever sobre convicção porque é uma palavra que significa exatamente o que eu escrevo em todas as palavras que escrevi até agora aqui no Blog. Tudo o que escrevo seja sobre qualquer coisa, eu coloco minhas convicções, minhas certezas, meus pensamentos, não dúbios, porque de que adiantaria estar escrevendo sobre algo que não sei o que é, ou que não tenha o meu próprio conceito e aplicação dela. Por isso decidi lançar o livro, por ter convicção, por ter um propósito ao escrever sobre qual assunto que seja e me senti seguro em passar para as pessoas que o lerem, o que penso e o que faço em relação a essas palavras.
Não sou do tipo que tem convicção de algo mas fica grudado, pregado, estagnado naquele pensamento sobre tal assunto, de forma obcecada e doentia. Temos que ter convicção das coisas, mas temos que ter também coerência em tudo e para tudo. Devemos estar sempre analisando, pensando e ponderando sobre certos assuntos que muitas vezes nos chegam e fincamos pé de que é tal coisa e não abrimos mão, mesmo sabendo, lá no fundo, no íntimo, escondido e cobertos de mentiras e dúvidas, tendo o cuidado para não deixá-lo transparecer para ninguém pois isso pode vir a danificar meu conceito das pessoas em relação a si próprio, além de se mostrar fraco perante as pessoas. Não sou assim. Tenho convicções nas coisas que escrevo e digo, e no que não tenho, prefiro me abster de comentar ou escrever, além de aceitar ideias de outras pessoas ou de outras fontes, lendo, ouvindo, vendo. Estou sempre aberto para as mudanças, tanto de comportamento quanto e principalmente de pensamento, pois à medida que o tempo passa, vamos ficar mais experientes, mas isso não quer dizer que sejamos donos da verdade. Não mesmo. Temos que parar para pensar e evoluir o pensamento. Os dias de hoje são de pessoas sem convicção alguma, ou pensam que tem, mas nem sabem o que estão dizendo ou defendendo. Absolutamente alheias à realidade. A idade nos faz ficar mais resistentes a muitas coisas, mas eu procuro não entrar nessa de que minha opinião é a correta, o que eu faço está certo - claro que quase sempre estou certo -. Aceito o que as pessoas tem a me dizer, gosto que me digam e talvez venha até a mudar de alguma convicção.
Essa semana meus filhos me convenceram a começar a fazer academia, musculação para reforçar meu tônus muscular, que realmente está um caos, eles me mostraram vários argumentos e eu fui me convencendo, depois que minha filha me provocou dizendo que eu não aceito opinião, e algo mais, daí vou mostrar pra eles que não é bem assim. Prometi a eles que vou procurar uma academia que se adeque aos meus limites físicos, além de ser diabético, mais um motivo para fazer musculação. Tenho consciência que preciso e vai ser importante e necessário para mim, (mim, não é eu, nesse caso) fazer esses exercícios. Pela idade e pelos remédios do diabetes. Não digo que tenha convicção, pois só vou ter depois de ver os resultados e se realmente foram e estão sendo bons pra mim. Daí poderei dar minha opinião sobre esse assunto. Na verdade estou há muitos anos sendo mandado para musculação, por médicos, porque vai melhorar meu nível de insulina, mas nunca fiz questão porque não gosto, acho entediante a função de colocar uma roupa funcional, ir até academia, ficar uma hora exercitando, voltar pra casa, tomar banho e deu. Não gosto de rotinas. Embora, ultimamente minha vida tenha sido até uma certa rotina, mas procuro quebrá-la para manter minha sanidade mental, e essa academia até vai me tirar dessa zona de conforto de nada fazer, nem mesmo caminhar, o que fazia bastante, chegava a caminhar 9 km, e a correr alguns intercalando.
A convicção é necessária para as pessoas se conhecerem melhor, mas não pode ser alojada, instalada dentro das pessoas como um imóvel que serve para alguma coisa até o momento que deixa de ser útil. Devemos ter cuidado com as convicções, com as certezas, com os princípios que adotamos no percurso de nossas vidas e vamos agregando aos poucos até nos formamos um ser que nem nós mesmos conhecemos. As convicções devem ser ponderadas e reais, não só para nós, também para as pessoas com quem temos contato.
Ter convicção de quem somos nem sempre é fácil. Ter convicção de como somos é pior ainda. Ter convicção de o que somos vai depender do que cada um de nós vai alojando, como já falei, ao longo da vida e amontoando lá no fundo daquele armário abarrotado de coisas, de dizeres, de pensamentos, de ideais e talvez até da nossa personalidade que vamos formando com o passar do tempo e a vivência.
Com o passar do tempo muitas convicções vão se perdendo e se tornando dúvidas, porque o mundo muda, as pessoas mudam, evoluem ( será?) e temos que acompanhar essa pseudo evolução e formarmos nossas convicções para nos mantermos ligados a essas pessoas que nos rodeiam e formam nosso círculo de amizade, nosso convívio social.
Eu tenho as minhas convicções, assim como também tenho minhas dúvidas. E você? Quais são tuas convicções, já parou para pensar se são convicções mesmo? Ou podem ser dúvidas que se transformaram em convicções pelas necessidades da vida? Pense e escreva, escrevendo conseguimos mudar muita coisa, pois se vê de forma diferente. Por isso escrevo.
(Texto escrito em 22/02/2024 – 18h24)
JOSÉ FERNANDO MENDES
Enviado por JOSÉ FERNANDO MENDES em 22/02/2024