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DEPRESSÃO
Interessante que já escrevi sobre tantas palavras impactantes, controversas, discutíveis, envolventes e de vários outros adjetivos, mas faz alguns dias que estou pensando, e até já conferi, e acabei de conferir novamente, na relação das palavras que já escrevi, e ainda não tem nada escrito sobre DEPRESSÃO. Quase um ano depois, (dia 18/02/23 eu comecei a escrever no blog), escrevendo sobre tantas palavras importantes e ainda não havia nem pensado em escrever sobre esse mal que assola o ser humano pelo mundo a fora e que até já citei em alguns textos quando se fazia pertinente comentá-la.
Cá comigo, acredito que tenha sido um boicote que eu mesmo tenha dado nos meus pensamentos para não escrever sobre essa palavra. Não gosto dela e ainda bem que ela uma vez me disse que não iria passear comigo porque não gostava de mim também, e assim fiquei aliviado pois com má companhia devemos evitar andar, aliás, ela não é apenas má, porque não faz só o mal para quem convive com ela de várias maneiras deixando a pessoa arrasada, sem domínio de si mesma; ela é perniciosa, porque prejudica todo o andamento de uma vida que deveria ser de sucesso e realizações, para deixar a pessoa que a deixou entrar no seu âmago de sua vida, por um descuido, por uma lacuna mal fechada, por uma falha no sistema pensante e assim permitindo que ela prejudicasse um tudo que poderia ser diferente se ela não tivesse entrado, pois ela só ocasiona danos, muitas vezes irreversíveis para quem anda com ela, assim como uma droga- a ilícita, embora as lícitas também causem danos - faz, acabando com a dignidade da pessoa; ela é invasora, vai tomando conta como se fosse um anjo, desapercebidamente invadindo a alma, o espírito bem como todo o corpo e toda uma vida, deixando-a sem significado algum, sem ânimo algum, sem vontade alguma de nada para nada, pois a pessoa se sente um nada, exatamente porque ela invadiu tudo que podia invadir, tomou conta de tudo que podia invadir, não deixando nada, absolutamente que não seja do domínio dela.
Observem que até agora não falei ainda, a não ser lá no título e apenas uma vez a palavra? Exatamente para não deixá-la se sentindo, se achando, e já pensando em chegar e tomar conta. Aqui não. Algumas pessoas já me contestaram, questionaram e me disseram que sou infantil e inconsequente ao dizer para quem for e até mesmo para quem sofre com essa doença, sim, ela é uma forte doença psíquica, mental, psicológica e biológica e química pois é um processo químico que age dentro do cérebro e se espalha por todo sistema humano, deixando completamente à mercê dela, que ela, essa doença, só entra na pessoa se ela assim o permitir e a quer dentro de si. Chego a ofender as pessoas dizendo isso. Já escutei xingamentos, já escutei bravatas ao dizer essas palavras, já escutei tantas coisas, só não fui agredido porque sempre lidei com pessoas sensatas, que lá no fundo, embora estivessem rejeitando o que estava dizendo e jurando que se dependesse delas, e foram várias pessoas que me disseram isso, jamais teriam essa doença. Eu até aceitava, ou melhor, me calava e disfarçava um aceite que lá no fundo dizia que não era bem assim e, para evitar discordâncias e piora do quadro da pessoa, deixava ela se enganando e seguindo de braços dados com sua amiga íntima que chegou de presente - pior que o grego - como sendo a tábua de salvação para que pudesse se livrar de alguma decisão a tomar, que pudesse fugir de alguma situação que teria, de sã consciência agir e ser mal interpretada, bem como de várias situações que são meras desculpas dizer que foi a doença que lhes fizeram agir de tal forma. Tirar de si a culpa e colocar a culpa nela, na desgraçada que acaba com as pessoas que são fracas de espírito e com a alma espremida por vários dogmas, vários pensamentos e também vários disfarces para poder dar continuidade em sua vida de mentiras, de falsidades de aparências e bem-estar, colocando toda a culpa na maldita.
Já comentei em outro texto, não lembro qual, que tive uma aluna no Senac que foi fazer o curso (Contabilidade Informatizada - 3 meses 5x por semana, 4 horas por dia) para se ocupar com alguma coisa. E eu, como sempre, curioso, não por fofoca, mas para poder ajudar e colaborar, sempre foi esse meu propósito, minha missão em sala de aula, lhe perguntei o que havia acontecido (isso no primeiro dia de aula nas apresentações) e ela prontamente disse na frente de todos o que havia acontecido com ela. Ela tinha 52 anos, uma vida perfeita financeiramente, vida de madame, e um dia descobriu que o marido a traía com a secretária, ele era dentista, um famoso dentista, ela entrou em pânico, em parafuso em tudo que podia entrar, inclusive na tal DEPRESSÃO. E ela tinha ficado quatro meses sem tomar banho e sem sair de casa. Tive que falar. Ela tomava 8 tipos de remédios: para dormir, e tantos outros para várias coisas. Eu disse assim: Te garanto que quando terminar esse curso, daqui a três meses tu estarás tomando  apenas 2 remédios, os essenciais para regular a pressão e o coração, os demais nunca mais vais precisar. Ela estava em pé, ao meu lado, se virou e disse que não seria possível porque já fazia quase três anos que tomava e não sabia se continuaria o curso, pois já tinha começado vários e não continuou. Eu coloquei meu braço sobre ela, ela era mais alta do que eu, um mulherão, linda, bem vestida, elegante e com toda aquela fragilidade apossada dela indevidamente, e lhe falei:  PAROU PORQUE NÃO ERAM CURSOS PRA TI, MAS ESSE É, PODE NÃO SER O CONTEÚDO, MAS EU TE GARANTO QUE VINDO, ALÉM DE APRENDER VAIS ESTAR TE LIVRANDO, DIA A DIA DESSE MAL QUE TE AFLIGE. TE GARANTO ISSO. E TEM MAIS, SE UM DIA NÃO VIERES, SAIBA QUE TENHO O TELEFONE E ENDEREÇO DE TODOS VOCÊS E VOU TE BUSCAR EM CASA. (Disse mais coisas) Então a abracei e ela chorou nos meus braços na frente de todos. Seguimos as apresentações e depois a aula. Ela continuou as aulas por uma semana até que na segunda ela não apareceu, esperei 15 minutos e liguei pra ela. Ela com voz de dormindo. Me apresentei e lhe disse que se não chegasse em 15 minutos na aula eu iria na casa dela com a turma toda para buscá-la - era morava bem próximo, na cidade baixa - ela tentou se desculpar mas não dei chance e repeti, 15 minutos. Em 12 minutos lá estava ela chegando na aula, sem a elegância as roupas elegantes, cabelos meios desgrenhados, mas linda, porque estava ali. Eu me emocionei - assim como estou agora escrevendo só em lembrar - e fui até a porta e a abracei bem forte e falei algo que não lembro o que foi - sempre foi assim, quando falo com a emoção do momento não lembro das palavras que digo, pois é Deus soprando pra mim o que dizer para as pessoas - e a levei até a mesa dela, e lhe dei a folha do trabalho (Lançamentos contábeis) para fazer. E ela fez tudo e assim ficou a tarde toda. Somente mais duas vezes ela tentou faltar, mas eu a chamei e assim foi até o final do curso e realmente, no final do curso estava tomando apenas 3 comprimidos, sendo um, que provavelmente iria deixar de tomar logo em seguida. A depressão? Estava controlada, dominada porque ela começou a mostrar para a doença que ela tinha força mais que a doença. E a cada dia eu reforçava o apoio e todos colegas eram muito legais. Um mês depois do término do curso, ela foi lá na minha sala me abraçar e dizer que estava fazendo curso de Telefonista e Recepcionista - eu já sabia, porque minha colega que era professora do curso havia me relatado de uma tal senhora, e logo lhe disse o nome e ela confirmou então lhe relatei rapidamente a situação e ela tinha todo o cuidado e zelo com nossa querida aluna. E fez outros mais, ia sempre lá me dizer. Fora os presentes que me levava, mas o maior presente era ela salva da coisa ruim. Tenho outros casos, mas em outra ocasião vou relatar, mas assim cumpri minha missão.
A depressão é o mal do mundo, a era do Rivotril para controlar, para combater, quando na verdade o que combate o que controla é a própria pessoa - já me disseram que estou errado, é algo lá dentro, até concordo que pode ser, mas tudo que se passa lá dentro, pode ser controlado por nós, no pensamento, no cérebro que é o comandante de tudo.
Certa ocasião minha irmã me alertou que eu poderia estar entrando numa depressão, porque fiquei 5 dias sem tomar banho (estava de atestado por havia quebrado o minguinho do pé jogando futebol na festa de confraternização da escola), então me dava tédio de ficar sem fazer nada e nem banho tomei, e comia pouco - coisa difícil, porque adoro comer e fazer o que vou comer, e nem isso queria. Fui consultar para o diabetes, duas semanas depois já com o dedo quase recuperado, e falei para o médico. Ele deu risada e disse: 'o senhor nunca vai ter depressão, caminhando do jeito como o senhor caminha, falando assim como o senhor fala, olhando com esse olhar, jamais terá depressão'. Não esqueço nunca dessas palavras e realmente, não era, era apenas uma tremenda preguiça e vagabundagem, me permiti fazer isso visto que férias eram raridades na minha vida.
Para finalizar, digo a todos que a depressão existe sim, claro, é evidente, não vou ser tolo dizer que não existe, mas também digo e declaro que depende apenas de cada um deixá-la entrar e tomar posse. Outro dia vi um vídeo, até comentei no texto, acho que Abstinência, onde a psiquiatra fala, de forma bem técnica, o que eu disse do meu jeito, que a pessoa se permite ter a doença, ela quer, ela precisa da doença por vários motivos e assim leva a vida. É uma forma de ser vista, ser lembrada.
Todos nos merecemos ser felizes, e essa coisa ruim nos tira esse direito e aplaude quem ela consegue dominar. Domine-a.
Vamos reagir? Conto com todos para que isso aconteça! Quem tem, afaste-a, mande-a embora, que saia chispando e a galope, e pense positivamente e com certeza absoluta que nesse corpo não entra mais. Creia que Deus pode te curar, e creia mais ainda que TU PODES E VAIS CONSEGUIR SE CURAR!
P.S. Peço desculpas se ofendi ou agredi alguém com essas palavras, não é essa e jamais será minha intenção, mas sim minha missão de alertar, avisar e ajudar em tudo.

(Texto escrito em 15/02/2024 – 19h35)